Que mar! Que mar!!
É o atlântico quente e acolhedor.
E por alí de vez em quando golfinhos dão sua graça e fazem a alegria dos humanos.
O RN é mesmo um estado de incríveis praias.
Viva nós!!
Baía dos Golfinhos
Pipa
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
O velho menino do mato
Com um cheiro em palavras, de mato, de verde, de bichos. Uma impressão infantil do que fomos e somos. Os olhos que ainda se espantam. Cheios de viço.
Assim sinto a poesia de Manoel de Barros. É lindo como pra ele viver parece ser a real jóia, a fonte do descobrir, redescobrir, inventar e reinventar e nesse jogo, expresso através de palavras, ele parece se harmonizar consigo e com seu entorno.
Um homem agrário,
um muito belo poeta.
Viva Manoel de Barros! Viva! Encantada!
Michel me deu de presente o Menino do Mato, um deleite, um prazer, uma beleza! Mi me presenteando jóias!! Amo essa moça.
IV
Lugar mais bonito de passarinho ficar é a palavra.
Nas minhas palavras ainda vivíamos meninos do mato, um tonto e mim.
Eu vivia embaraçado nos meus escombros verbais.
O menino caminhava incluso os passarinhos.
E uma árvore progredia em ser Bernardo.
Alí até santos davam flor nas pedras.
Porque todos estávamos abrigados pelas palavras.
Usávamos todos uma linguagem de primavera.
Eu viajava com as palavras ao modo de um dicionário.
A gente bem quisera escutar o silêncio do orvalho sobre as pedras.
Tu bem quisera também saber o que os passarinhos sabem sobre os ventos.
A gente só gostava de usar palavras de aves
porque eram palavras abençoadas pela infância.
Bernardo disse que ouvira um vento quase encostado nas vestes da tarde.
Eu sonhava em escrever um livro com a mesma
Inocência com que as crianças fabricam seus
navios de papel.
Eu queria pegar com as mãos no corpo da manhã.
Porque eu achava que a visão fosse um ato poético
do ver.
Tu não gostasse do caminho comum das palavras.
Antes melhor eu gostasse dos absurdos.
E se eu fosse um caracol, uma árvore, uma pedra?
E se eu fosse?
Eu não queria usar o meu tempo usando palavras bichadas de costumes.
Eu queria mesmo desver mundo. Tipo assim: eu
vi um urubu dejetar nas vestes da manhã.
Isso não seria de expulsar o tédio?
E como eu poderia saber que o sonho do silêncio
era ser pedra?
Menino do Mato - Manoel de Barros
Assim sinto a poesia de Manoel de Barros. É lindo como pra ele viver parece ser a real jóia, a fonte do descobrir, redescobrir, inventar e reinventar e nesse jogo, expresso através de palavras, ele parece se harmonizar consigo e com seu entorno.
Um homem agrário,
um muito belo poeta.
Viva Manoel de Barros! Viva! Encantada!
Michel me deu de presente o Menino do Mato, um deleite, um prazer, uma beleza! Mi me presenteando jóias!! Amo essa moça.
IV
Lugar mais bonito de passarinho ficar é a palavra.
Nas minhas palavras ainda vivíamos meninos do mato, um tonto e mim.
Eu vivia embaraçado nos meus escombros verbais.
O menino caminhava incluso os passarinhos.
E uma árvore progredia em ser Bernardo.
Alí até santos davam flor nas pedras.
Porque todos estávamos abrigados pelas palavras.
Usávamos todos uma linguagem de primavera.
Eu viajava com as palavras ao modo de um dicionário.
A gente bem quisera escutar o silêncio do orvalho sobre as pedras.
Tu bem quisera também saber o que os passarinhos sabem sobre os ventos.
A gente só gostava de usar palavras de aves
porque eram palavras abençoadas pela infância.
Bernardo disse que ouvira um vento quase encostado nas vestes da tarde.
Eu sonhava em escrever um livro com a mesma
Inocência com que as crianças fabricam seus
navios de papel.
Eu queria pegar com as mãos no corpo da manhã.
Porque eu achava que a visão fosse um ato poético
do ver.
Tu não gostasse do caminho comum das palavras.
Antes melhor eu gostasse dos absurdos.
E se eu fosse um caracol, uma árvore, uma pedra?
E se eu fosse?
Eu não queria usar o meu tempo usando palavras bichadas de costumes.
Eu queria mesmo desver mundo. Tipo assim: eu
vi um urubu dejetar nas vestes da manhã.
Isso não seria de expulsar o tédio?
E como eu poderia saber que o sonho do silêncio
era ser pedra?
Menino do Mato - Manoel de Barros
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Canto do Acauã.
Esse é o acauã, ave de rapina do sertão. Come cobra e é prenúncio de seca. Em Acari também é o nome do rio que corta a cidade.
Deixo aqui a letra de Acauã, canção de Gonzagão, belo homem artista de nosso lugar.
É bonito, viu?
ACAUÃ
Luiz Gonzaga
Acauã, acauã vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tardes agorando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã, acauã
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã,
Que é pra chuva voltar cedo,
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta joão, corta pau
A coruja, mãe da lua,
A peitica e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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