sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma cidade assim.. tão brasileira.


Um Rio assim, louco, quente, frívolo. Um Rio necessário já a alma desse país. Eu amo o Rio, assim como amo Natal, Acari, São Paulo, Recife, Fortaleza e tantas outras cidades que compõem o nosso cenário nação. Mas o Rio é o Rio, lugar de beleza posta, a cidade mais linda do mundo, um cenário amoroso com a natureza. Que beleza!!
Mas a gente sabe que o Rio não é só isso, é babel, é caos, é miséria, feiura e desolamento. Lugar onde várias realidades habitam exatamente o mesmo lugar. Da zona sul a zona norte e oeste, muita diferença há. Dessa vez fiquei na zona norte e dessa vez a cidade de São Sebastião me pareceu bem mais real, verdadeira, vivida nas casas, nos bairros, nas famílias, nas gentes mais simples, igual a maioria da gente desse país. O Rio zona sul é pedante, meio limitado, como gente que se encandeia com a própria luz e acaba não enxergando nada.
Não tenho como andar no Rio e não fazer uma viagem histórica no meu pensamento. Vejo aquelas casas, aqueles parques e prédios coloniais e tento me remeter a algo que não vivi mas que posso criar com minha imaginação. Andar de ônibus era a melhor coisa que eu poderia fazer naquela cidade, durante o trajeto via da minha janela um mundo real e outro adornado por minha imaginação, me remetia ao tempo da colônia e ficava imaginando as roupas daquelas senhoras com todo aquele calorão que faz lá em janeiro, depois pensava nos negros, negros escravos e ex-escravos que desde a libertação da princesa, adentraram e povoaram os morros cariocas e de lá trasformaram seus lamentos em alegrias e nos presentearam com o samba e o jongo.
É, mas tudo isso é bem lindo não fosse a nossa incapacidade humana de aceitar a diferença. Percebi que na real o Rio cultiva um aparthaid antigo, do jeito carioca de ser, malandro e com ginga, mas no fundo o negócio tá lá, exposto, como um verme que corroe as coisas. Sei não, esse povo tem que se ajeitar porque a cidade não merece não. Linda demais, demais!!!